segunda-feira, 12 de abril de 2010

Linguagem da internet, quem perde somos nós.

Iniciou-se como um movimento com objetivo de acelerar a digitação, num mundo cada vez mais tecnológico onde a fala é substituída pelo texto. A partir daí o idioma foi dando espaço ao que alguns chamam de “linguagem informal da internet”, pratico inicialmente, mas com efeitos devastadores a curto e médio prazo. Nossas crianças e jovens incorporaram essa “moda” e o idioma quem paga a conta. No inicio eram abreviaturas, em seguida, com os teclados de computador baseados no padrão internacional (sem o “ç”) e com a “preguiça” de acentuar as palavras foram surgindo as palavras bizarras que hoje permeiam o “idioma” praticado digitalmente.

Eh uma pratica comum a naum acentuaçaum das palavras, vc pode ateh me perguntar o que esses jovens escrevem atualmente, qqr desavisado teria uma enorme dificuldade para entender esse novo idioma. Kd os acentos? naum vou me demorar tc assim, jah que o internetes kda um usa como quer. E o q falar da auto-correçaum?

Realmente temos um problema grave se instaurando no idioma brasileiro, é comum o relato de professores que se deparam com siglas e palavras bizarras em provas e redações produzidas por essas crianças e jovens. O idioma vem sendo sistematicamente suprimido por essa “moda”, e alguns ainda chamam de neologismos. Temos que nos conscientizar, como pais, professores e também alunos, que o idioma é o principal recurso que dispomos para nos comunicar. Por óbvio a maneira de se falar interfere drasticamente, mas não podemos tomar a fala como regra.

Num mercado de trabalho cada vez mais exigente, o idioma acaba se tornando diferencial. Como escrever uma carta comercial, ou redigir um comunicado a funcionários ou responsáveis por áreas ou até mesmo um pedido de emprego? A linguagem informal é valida, acelera a comunicação digital, derruba barreiras, mas deve ser usada com muita regra. Não podemos permitir que o idioma seja penalizado em prol da velocidade de digitação. Antigamente velocidade de digitação era obtida com treino e prática, nos longos cursos de datilografia (dactilografia para alguns), aprender a usar todos os dedos no teclado das antigas maquinas Remington, e fazer os exercícios de “rapidez”.

Acredito sim que até podemos usar algumas abreviaturas para acelerar a comunicação digital, mas não podemos criar bizarrices idiomáticas com intuito de aproximar fala de escrita. Abreviemos sim, mas temos que utilizar essa técnica como recurso, e não como regra.
Se não tomarmos atitudes quanto aos rumos que a utilização do idioma vem tomando atualmente, corremos o sério risco de termos, em pouco tempo, um dialeto e não mais um idioma nacional.

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