domingo, 11 de abril de 2010

Falta de Controle: a doença crônica da Saúde Pública no Brasil.

Para iniciar este pequeno texto e tentar exemplificar o pouco que conheço de saúde publica, descreverei uma pequena estória. Esta se passa na espera de um posto de saúde (também conhecido como UBS – Unidade Básica de Saúde).

Em certo posto de saúde, a recepcionista sempre notara a presença diária de duas senhoras, Dona Maria e Dona Carmem, todos os dias as duas compareciam ao posto e aguardavam pacientemente seu atendimento. Os dias foram se passando, e num dado dia a recepcionista nota que a Dona Carmem não compareceu, e estranhou o fato, dirigindo-se a Dona Maria, indaga: - Bom dia Dona Maria, como vai a senhora? E onde esta a Dona Carmem. Dona Maria, com toda doçura de uma avó responde imediatamente: - Ora minha filha, a Carmem ta meio adoentada hoje e resolveu ficar em casa.

Esse é o tipo de acontecimento corriqueiro em centenas de postos de saúde espalhados por todo o país. A falta do atendimento e apoio psicológico trás uma avalanche de pessoas aos postos de saúde, gerando gargalos de atendimento e indisponibilidade dos serviços.

A reclamação que cerca a saúde publica no Brasil’ é fato conhecido por todos, com serviços sobrecarregados, indisponibilidade de medicamentos ou serviços. O grande problema no Brasil é falta de controle, esta falta de controle se da na esfera mais baixa do atendimento, isto é, nos controles desenvolvidos pelo município. Não vou questionar os valores repassados pelo Sistema Único de Saúde, realmente desatualizados e, em alguns casos, passiveis de riso (se não fosse trágico).

A saúde deveria ser majoritariamente preventiva, e corretiva somente nos casos específicos. Quando falo preventiva, é também nos aspectos psicológico, social e emocional. Com o atendimento controlado muitos dos problemas encontrados hoje na saúde pública seriam minimizados, quando não eliminados totalmente.

O caso da Dona Carmem é o típico dispêndio de consulta clinica, que poderia ser destinada a medicina corretiva sendo consumida para atendimento psicológico.

A dispensação de medicamentos é outro grande problema de saúde pública, é sem numero os casos em que medicamentos tem prazo de validade vencido na casa do paciente e este se dirige ao posto para retirar mais medicamentos, a necessidade de dispensação seria de 10 comprimidos e é dado ao paciente uma caixa com 24 comprimidos. E é o recurso da saúde sendo jogado no lixo comum, e aumentando o buraco negro da saúde publica.

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