terça-feira, 2 de março de 2010

Concurso público - os melhores alunos versus os melhores profissionais

Atualmente os concursos públicos são os grandes chamarizes para a estabilidade econômica de grande parte da população. O concurso público veio para democratizar o ingresso nas carreiras públicas, e realmente cumpre adequadamente seu papel.

Em rumo diverso as empresas têm uma característica própria na contratação, muitas empresas de cunho familiar utilizam critérios subjetivos para a contratação, critérios esses que, na grande maioria das vezes, se sujeitam a indicações e preferências pessoais sem cunho profissional.

Temos hoje um serviço público, em maioria absoluta, inchado e ineficiente. Em minha concepção pessoal grande culpa disso é do próprio concurso público. Explico. O concurso público consegue abranger, no máximo, o conhecimento do candidato acerca das disciplinas regulares de cada profissão. Ora estamos selecionando os melhores estudantes ou melhores alunos. Não tiro o mérito dos que estudam arduamente com objetivo de ser funcionários públicos, mas a grande maioria não busca o serviço público pelo trabalho, mas pelo benefício.

No serviço público, mas em sentido inverso, vejo maior profissionalização nas carreiras que exigem um comprometimento maior da pessoa na sua atividade, classifico assim as profissões de cunho policial ou de defesa (excluindo-se o serviço militar obrigatório, por óbvio). Quando um candidato busca uma carreira que se inclui nessas características o desejo pessoal confunde-se com o desejo profissional.

É claro que no serviço publico temos excelentes profissionais nas mais diversas carreiras, mas temos uma grande maioria baseada nos benefícios sem se preocupar com o trabalho para o qual é contratado.

Acredito que o concurso público, ou seus moldes, devem ser revistos para tentar arrebatar na sociedade os melhores profissionais e não os melhores estudantes, o melhor profissional o é por natureza, já o melhor estudante não garante ser um bom profissional. Nesta tentativa temos as carreiras jurídicas que exigem 3 anos de experiência em atividade jurídica para pleitear vagas na magistratura ou ministério público.

Sei bem das críticas que me serão dirigidas, já que os sem experiência não teriam acesso se esse tipo de regra fosse adotada universalmente, mas acredito que há formula que identifique bons possíveis profissionais em cada segmento valorizando o serviço público no Brasil, e reduzindo a ineficiencia.

Um comentário:

  1. gostei, cara, segue em frente. uma sugestão no funcionalismo não
    poderia ter mais estabilidade, por isso estamos onde estamos num caos
    nos órgãos públicos.

    Niltinho

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